segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Hoje é o dia...
Lembrei-me de Sergio Godinho para reperesentar o 1º dia do "resto da minha vida". o dia em que me decidi a pegar nas rédeas do que vivo..
E hoje chegou o dia de o concretizar.
Mudei atitute, fiz-me ao que quero e no meio deste processo que culmina hoje, agora, saiu-me este papelinho amarelo, num dos muitos cafés que tomei na minha copa..
Sim, hoje começo um programa de voluntariado de ano e meio.
Hoje é o dia...
Aqui encerro um ciclo e começo outro
http://osmeusgraosdeareia.blogspot.com
Adeus:)
Auschwitz
Para que o Mundo nunca se esqueça
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Interailando por essa Europa fora!
Não, não me perdi pela Europa Central:) Só voltei com coisas para fazer em quantidade suficiente de me impedirem de vir aqui deixar uma posta sobre a minha Crazy trip:D
Ora bem..por onde começar?
Iremos por onde ordem de visita e desculpar-me-ão pelos pormenores importantes que ficarão pelo caminho dado o tempo passado desde o final da viagem (de dia 18 até agora..pufff!! um eternidade!!)
First: PRAGUE!
Viajar de noite de avião e ver o nascer-do-sol no ar já tinha valido por tudo. Porra de máquina que não te transformas na D-40!
Podemos ter sol, frio, chuva e calor no mesmo dia. O tempo muda rapidinho.
Fabulosa cidade, com óptima organização e limpeza de ruas, extremo cuidado com o património e manutenção dos espaços públicos (leia-se nada de putos estúpidos a fazer taggs em monumentos de centenas de anos).
Harmonia de cidade com Natureza e História. Tudo se integra na perfeição com espaços verdes, monumentos a cada esquina (literalmente!) e ordenamento espantoso.
Tudo se faz a pé para quem gosta de mexer as pernas nas férias. Mas se não for essa a opção, a rede pública de transporte é óptima.
Do ambiente que se vive, notei talvez uma cultura de preservação dos espaços públicos herdada dos tempos comunistas tal como uma clara preocupação com as acessibilidades ( os metros têm apoios de deslocação de cadeiras de rodas até ao túnel e indicações das acessibilidades em mtodas as placas).
Curiosidades?
Bom, adoram passear os caezinhos, de preferência com porte pequeno, em qualquer rua ou jardim, dos 7 aos 70 anos.
Se têm vertigens não andem no metro! Aqueles checos são loucos!
Monumentos?
Quando pensas que nada pode ser mais bonito e avassalador do que o prédio que acabaste de ver..viras a esquina e..voilá!Multiplica esta surpresa por quantas horas passares lá e tens a tua estadia em Praga.
Dica: Já não é tão barata como dantes..ocidentalizou-se.
Dica 2: Meninos, as checas são giras.
Dica 3: Meninas, os checos são deslavados!
Second: Budapest!
Também muito bonita mas..Praga é Praga..
Em Budapeste temos um Danúbio que se "produz" todo com mil brilhos para um por-do-sol delicioso e uma noite linda:)
Há menos monumentos mas quando os há..God! São grandes pra caraças!
O ordenamento a meu ver já não é tão bom: uma das pontes onde circulam mais carros por pouco não corta uma igreja linda, os parques bonitos já não abundam, já se vêem edifícios degradados e já não existe uma coesão total entre traço de edifícios de habitação e monumentos
( andamos no meio de zonas banais e de repente deparamo-nos com monumentos gigantes!).
Anyway, não deixa de ser uma cidade linda e bem mais bem tratada que Lisboa.
AH! E este Hungaros também são malucos com os metros!
Third: Cracóvia
Bom, devido a um pequenito percalço ( 2 gajas destrambelhadas que se esqueceram de apanhar o comboio porque vai se la saber porquê achavam que iam estar mais um dia em Budapeste..) só estivemos 24 horas em Cracóvia.
Após uma viagem de comboio total de 13 horas (simmm 13!!!) lá chegamos as 7 da matina. Foi comer, tomar banho e arrancar pra zona antiga da cidade.
Em Cracóvia sente-se o peso de uma guerra: a cidade é triste, as paredes estão marcadas, as pessoas idosas têm um rosto pesado e os jovens aparentam não estarem adaptados às cicatrizes que foram deixadas.
O centro historico é bonito. Há vários conventos e retiros e a praça principal é linda. Conseguimos ver tudo em 2 horitas. Não tivemos tempo de ver o bairro judeu e provavelmente muito mais coisas, porque decidimos que não iamos perder a oportunidade de ir a Auschwitz.
Eu tinha que ir desse por onde desse. E fomos.
A visita guiada durou 5 horas entre ir e vir de autocarro e conhecer os 2 campos de Auschwitz com guia. Custou prai 15 euros e acreditem que vale a pena para se perceber bem a hisotiras dos campos.
Sobre Auschwitz farei um post à parte. Digo só que não há nenhum documentário nem nenhum filme que nos faça ter a sensação exacta do que é estar lá. E todos deveriamos conhecer um campo destes. Para sabermos sempre o que não pode nunca mais acontecer, e consciencializarmo-nos do que foi.
Last but not least! -> Varsóvia!
Ora bem, finalmente Varsóvia!
Se querem comer à grande, comprar ainda mais e gastar estupidamente pouco..VARSÓVIA!!
Não, a sério, é lindo! Come-se em restaurantes chiques por menos de 10 eurecos!
Bom a cidade em si tem uns monumentos engraçados, um palácio e milhentas igrejas tudo lindo (pra variar). Já é uma cidade grande e nota-se que se ocidentalizou, a meu ver, da pior forma: desorganizadamente. Aqui ja encontramos edifícios espelhados de varios andares, centros empresariais, etc.
Percebe-se também que da época comunista ficara alguns hábitos:
- Existem vintage stores onde se compra roupa ao quilo. São comuns e permitiram aos carenciados do pós-guerra comprarem bens com pouco dinheirito. Foram ficando e hoje são comuns e estão na moda tendo entrado nos hábitos da cidade.
- Existem milk bars, uma espécie de cantinas públicas que se veêm um pouco espalhadas por toda a cidade e onde se come por tuta e meia que é como quem diz por um eureco e meio. Lá vemos desde sem abrigo a estudantes, passando por idosos reformados e mães com os seus filhotes. São abertos a toda a gente e consegue-se comer uma refeição normalissima por um preço mesmo mesmo muito baixo.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Eu, a minha pedrinha e a Europa Central!
Nada mau hein?:)))
Ora bem, a coisa hoje em dia está um pouco diferente do indicado na foto, pelo que o passe contemplado será um belo 5 em 10 dias com passagem por :
E aqui fica uma musiquita pateta adequada ao momento!:)
Um sonho de poetas
Ir até ao fim
Cantar novas vitórias
E ergueram orgulhosas bandeiras
Viver aventuras guerreiras
Foram mil epopeias
Vidas tão cheias
Foram oceanos de amor
Já fui ao brasil
Praia e bissau
Angola moçambique
Goa e macau
Ai, fui até timor
Já fui um conquistador
Era todo um povo
Guiado pelos céus
Espalhou-se pelo mundo
Seguindo os seus heróis
E levaram a luz da cultura
Semearam laços de ternura
Foram mil epopeias
Vidas tão cheias
Foram oceanos de amor
Já fui ao brasil
Praia e bissau
Angola moçambique
Goa e macau
Ai, fui até timor
Já fui um conquistador
Já fui ao brasil
Praia e bissau
Angola moçambique
Goa e macau
Ai, fui até timor
Já fui um conquistador
Foram dias e dias
E meses e anos no mar
Percorrendo uma estrada de estrelas
A conquistar
Já fui ao brasil
Praia e bissau
Angola moçambique
Goa e macau
Ai, fui até timor
Já fui um conquistador
Já fui ao brasil
Praia e bissau
Angola moçambique
Goa e macau
Ai, fui até timor
Já fui um conquistador
Fui conquistador
Fui conquistador
Fui conquistador
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Christian the lion
Rendall, Bourke e suas namoradas Jennifer Mary e Unity Jones cuidaram do leão até que ele tivesse um ano de idade. O tamanho cada vez maior de Christian e o custo para mantê-lo fizeram com que eles percebessem que não poderiam mantê-lo em Londres por muito tempo.[1] A solução veio quando Bill Travers e Virginia McKenna, estrelas do filme Born Free, visitaram a loja de móveis de Rendall e Bourke, onde Christian passava seus dias. Travers e McKenna sugeriram, então, que eles pedissem a ajuda de George Adamson, um conservacionista Kenyano que, justamente com sua esposa Joy, foi o assunto de seu filme. Adamson concordou em ajudá-los na adaptação de Christian para a vida selvagem na Reserva Nacional de Kora.
Adamson gradualmente apresentou Christian a um leão mais velho - 'Boy' - e, subsequentemente, para a filhote fêmea Katiana, na tentativa de formar o núcleo de um novo bando. No entanto, alguns infortúnios assolaram este novo bando: Katiana foi, provavelmente, devorada por crocodilos enquanto bebia água. Outra fêmea foi morta por leões selvagens. Os eventos atingiram 'Boy' de forma tal que ele perdeu sua habilidade de socializar-se com outros leões e humanos. Ele acabou sendo baleado no coração por Adamson, depois de ferir um homem fatalmente.
Desta forma, Christian acabou sendo o único sobrevivente do bando original.
Adamson continuou seu trabalho, e, após um ano o bando estabeleceu-se na região de Kora, tendo Christian como o líder do bando iniciado por 'Boy'.[2]
Quando Rendall e Bourke foram informados por Adamson do exitoso resultado em 1971, eles viajaram para o Kenya para visitar Christian. A visita foi filmada e transformou-se no documentário Christian, The Lion at World's End. De acordo com este documentário, Adamson alertou Rendall e Bourke para a possibilidade de Christian não recordar-se deles, mas o filme mostra um leão, inicialmente cauteloso, correndo ao encontro dos dois homens, may not remember them, but the film shows a first cautious lion suddenly leaping onto the two men, envolvendo os braços em torno dos seus ombros e lambendo seus rostos. O documentário também mostra as fêmeas Mona e Lisa, e um filhote chamado Supercub saudando os dois homens, devido à influência de Christian.
Rendall conta de um encontro final, ocorrida em 1974. Nesta época, Christian já estava a frente de seu próprio bando, tinha filhotes seus e era quase duas vezes maior do que no vídeo do encontro de 1971.[3] Adamson avisou-os de que a viagem poderia ser em vão, porque ele não via o bando de Chirstian há 9 meses. Entretanto, eles descobriram, ao chegar em Kora, que Christian e seu bando haviam retornado para o complexo de Adamson no dia anterior a sua chegada.
Rendall descreve a visita que ele. Bourke e George Adamson fizeram: "Nos o chamamos, ele levantou e começou a caminhar em nossa direção, lentamente. Então, como se tivesse se convencido de que eramos nós mesmos, ele começou a correr ao nosso encontro, pulando sobre nós e nos abraçando, como ele costumava fazer, colocando suas patas sobre nossos ombros."
"Botas...as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar."
Machado de Assis
O que nos faz escolher
Somos meio genéticos, meio sociais. O isso demonstra-se nas nossas ideias, reacções, comportamentos e escolhas.
O que nos faz escolher?
O que nos faz escolher o racional em detrimento do emocional? A idade?A evolução?O tempo?As pessoas? As coisas?
O que me faz escolher dar tempo a tarefas com data limite apertada e adiar emoções para daqui a 1mês que nunca mais se repetirão?
Não sei o quê mas sempre disse que só opto em ultimo recurso. Que gosto de equidade e portas abertas. Que não gosto de ceder à escolha.
Portanto se o faço é em ultimo recurso e PORQUE SEI que tenho de o fazer assim!Porque EU nao consigo de outro modo e nao admito que me digam que conseguiria se tentasse. Porque eu sei o que me custa optar. E tinha a ilusao que também sabiam em vez de terem a ideia simplista da treta das questões de prioridades.
Prioridades? Vou tirar 5 dias finais e gastar metade deles com UMA PRIORIDADE com 1 mês. Vou "gastar" tanto do dito tempo elástico com 1 PRIORIDADE como vou gastar com toda a minha familia + amigos de uma cidade, e menos do que com outra familia de outra cidade cujo 1 dos elementos muito provavelmente não me verá a regressar.
Prioridades? Vou tirar dias de descanso, de recordação do meu ninho e da minha vida rotineira de 6 anos por 1 PRIORIDADE de 1 mês.
Prioridades? Já me esqueci de quantas coisas OPTEI por não fazer porque outra era PRIORITÁRIA.
Mas sou apenas 1 idiota pouco eficiente que não sabe esticar o tempo e...priorizá-lo.
Não faço as coisas por reconhecimento ou altruismo. Sou egoista e faço-as sempre por mim.
Não sou 1 balança nem rasca muito menos de alta precisão.
Não sou 1 base de dados com reordenação de informação conforme os fins.
Nunca vou me vou habituar à incompreensão.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Mal me quer, bem me quer
Mal me quer, bem me quer...muito..pouco..nada?
Hoje entristeci quem me quer.
Talvez seja esta a minha defesa para não me afundar nas saudades do que não quero perder..disparar esta casca grossa em situações de pressão emocional e voltar a por-me na realidade (ainda que não seja estritamente necessário mas eu faço com que seja para que não se possa espalhar aquele calorzinho bom cá dentro, mais do que eu consiga aguentar).
Mal ou bem, tenho alguma capacidade de criar calo para isto ou se não tenho prefiro ser eu a ter, para poder ampará-lo, porque sei que para ele vai ser muito mais difícil, ainda que seja tão doloroso como para mim. Mas alguém tem de ter força certo? Alguém tem de ter força e prefiro que seja eu a aguentar.
E por isso resmunguei, e chateei, e fui quase cruel. Porque se me desse ao que sentia, receberia um abraço fofo, doce e reconfortante que estava ali desejoso por ser dado durante minutos interminavelmente saborosos e perderíamo-nos juntos no tempo e fugiríamos juntos duma realidade que teremos impreterivelmente de enfrentar.
Porque se o dissesse com a ternura que naturalmente tende a sair-me para ti, não me ouvirias. E por isso enrolei-a cá dentro e fiz a voz fria necessária...a necessária para reagirmos ambos como devíamos e precisávamos.
Eu trouxe-te para isto, portanto eu tenho a responsabilidade de não te deixar afundar e manter-te ligado ao que vai ficar cá depois de eu partir, sem sequelas que te prejudiquem (já basta a moça que vai ficar).
Eu tenho essa responsabilidade quer queiras quer não. E por isso entristeci-te. Por um bem maior, por um quotidiano que vai ficar cá e o qual não quero que descambe.
Hoje entristeci..e desiludi... alguém que me quer.
Desculpa*
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Achieving Your Childhood Dreams
Randy Pausch, o professor de Informática na Universidade de Carnegie Mellon (EUA) que se tornou famoso por causa da palestra em que se despediu da família e da vida, depois de saber que morreria em breve com cancro do pâncreas, morreu na sexta-feira passada, aos 47 anos de idade.
Disponibilizada no YouTube, a sua última palestra correu mundo. Transformou-se em livro (editado em Portugal pela Presença), com a ajuda de uma jornalista do Wall Street Journal.
Randolph Frederick Pausch ( 23 de outubro de 1960 - 25 de julho de 2008 ), conhecido como Randy Pausch, foi um professor de Ciência da Computação, Interação homem-computador e Design na Carnegie Mellon University (CMU) em Pittsburgh, Pennsylvania, EUA e autor de um best-seller, ganhando fama com o multiaclamado The Last Lecture, livro baseado em uma palestra dada em 18 de setembro de 2007 na Carnegie Mellon University.[2]
Pausch nasceu em Baltimore, Maryland, e cresceu em Columbia [1].
Em Agosto de 2006, Pausch teve um câncer pancreático diagnosticado. Ele começou então um tratamento pesado, que incluía em sua maioria técnicas experimentais de quimioterapia. Porém, em Agosto de 2007, ele mesmo disse que o câncer sofreu uma metástase para outros órgãos, significando que havia se tornado terminal. Ele começou então um novo tratamento em quimioterapia, com outro objectivo: estender sua vida ao máximo. Com isso, os médicos deram-lhe mais 3 a 6 meses.
Em 2 de maio de 2008, um exame PET mostrou que seu câncer se espalhou ainda mais, para alguns órgãos vitais, principalmente no peritônio e no retroperitônio, evidenciando sua piora no estado de saúde.
Em 25 de julho de 2008, Diane Sawyer anunciou no Good Morning America que Pausch havia morrido naquela manhã.[3]
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Hoje não quero
Hoje não quero escrever teorias nem convicções sobre o comportamento humano e a existência.
Hoje não quero debruçar-me sobre hipóteses, nem dúvidas, nem frustrações.
Hoje não quero descrever inconformismos, nem vivências.
Hoje não quero perpetuar paisagens, nem letras, nem poemas nem músicas.
Hoje não quero analisar o Mundo, nem me quero analisar.
Hoje quero saborear a doçura de escrever inconsequentemente.
Hoje quero parar tudo, e todos, manipular o tempo, os pensamentos e o espaço, e abrir o sorriso mais profundo de cada um.
Hoje quero desenpacotar a essência do que somos e recriar o nosso perfume perfeito.
Prazer...
Sabor...
Doçura...
Hoje quero viver.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Um novo alfabeto
Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
E em que o sono parecia disposto a não vir
Fui estender-me na praia sozinho ao relento
E ali longe do tempo acabei por dormir
Acordei com o toque suave de um beijo
E uma cara sardenta encheu-me o olhar
Ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
Ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar
Sou a estrela do mar
Só ele obedeço, só ele me conhece
Só ele sabe quem sou no principio e no fim
Só a ele sou fiel e é ele quem me protege
Quando alguém quer à força
Ser dono de mim
Não sei se era maior o desejo ou o espanto
Mas sei que por instantes deixei de pensar
Uma chama invisível incendiou-me o peito
Qualquer coisa impossível fez-me acreditar
Em silêncio trocámos segredos e abraços
Inscrevemos no espaço um novo alfabeto
Já passaram mil anos sobre o nosso encontro
Mas mil anos são poucos ou nada para a estrela do mar
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Basta deixarmo-nos..
Gone are the dark clouds that had me blind.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.
I think I can make it now the pain is gone.
All of the bad feelings have disappeared.
Here is the rainbow I've been praying for.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.
(ooh...) Look all around, there's nothing but blue skies.
Look straight ahead, there's nothing but blue skies.
I can see clearly now the rain is gone.
I can see all obstacles in my way.
Here’s the rainbow I’ve been praying for.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.
Vivemos numa correria desenfreada de questões, raciocínios, responsabilidades e prazos.
Temos de resolver isto, fazer aquilo, falar com aquele, entregar o outro...
Temos de seguir uma lista infindável de tarefas e não "perder tempo" em nos (re)construirmos..
Não consigo deixar de me fascinar com o processo de cura do Ser Humano, e dos benefícios que advêm de nos darmos...uns minutos..umas horas..ou uns dias. De nos permitirmos libertar, sentir, acalmar, sanar e refazer.
De nos deixarmos ter 5 anos, reviver emoções e dúvidas e senti-las evaporarem-se, suavizarem-se e apaziguarem. De nos permitirmos dar a nós o que damos aos outros, sem os condicionalismos mundanos. De nos deixarmos ser absolutamente livres de sentir até onde o coração nos levar. De nos auto-depurarmos, e limparmos a alma e sentirmos crescer a energia cristalina e definida de um ser refeito.
O processo de cura do Ser Humano é simples, tão simples..basta deixarmo-nos ser o que somos e perdermo-nos a vaguear pelas amarguras que nos distorcem as emoções e o rumo.Voltar lá e olhá-las de frente.
Porque o nosso coração pode voltar a ser tão fresco como a água do mar, tão quente como o sol de verão e tão suave como a areia. Basta...deixarmo-nos...
As vezes, encontramos 1 guia que nos ajuda a olhar de frente quando a cabeça quer ficar baixa. Não questiones porque está lá, nem quanto tempo, nem como.
Aceita-o como o que é e deixa-te curar..
sábado, 12 de julho de 2008
O meu Mundo
and never brought to mind ?
Should old acquaintance be forgot,
and old lang syne ?
- For auld lang syne, my dear,
- for auld lang syne,
- we'll take a cup o’ kindness yet,
- for auld lang syne.
And surely you’ll buy your pint cup !
And surely I’ll buy mine !
And we'll take a cup o’ kindness yet,
for auld lang syne.
We two have run about the slopes,
and picked the daisies fine ;
But we’ve wandered many a weary foot,
since auld lang syne.
We two have paddled in the stream,
from morning sun till dine† ;
But seas between us broad have roared
since auld lang syne.
And give us a hand o’ thine !
And we’ll take a right good-will draught,
for auld lang syne
Porque quero o meu ninho sem horas e sem pós-intenções..só assim..quente e doce...e em silencio com o mundo e connosco, sem interferência de raciocínios e de sons e de palavras, sem deturpações de comunicação. Só a simplicidade verdadeira do entendimento interior, que nos restabelece mutuamente.
Porque todos merecemos descansar protegidos num sorriso verdadeiro, num olhar compreensivo e num colo sossegado. Porque todos precisamos de um afago. It´s O.k. You can rest for a couple of hours without questions or doubts or suffering..just rest and let him rest peacefully.
Truth is...embora o caminho seja conhecido e as principais paragem do comboio estejam definidas, e por mais que se confirme o comportamento humano e nos entristeçamos com o que todos somos..well, a vida nunca nos deixa sem surpresas...
E a bondade de um gesto puro e verdadeiro vale por todas as desilusões e faz sentir que..afinal..o meu Mundo existe...
No meu Mundo uma pedra azul acompanha-me, como guardiã do que sou.
No meu Mundo os pássaros cantam para mim e apaziguam o meu inconformismo.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
In love by my smile! :D
Não era assim, ou se era...eu nunca a tinha ouvido com atenção.
Acho que se tornou mais alta, mais ritmada, mais aberta, mais sincera e mais contagiante.
Lembro-me quando era miúda e apanhei o tique da mana de rir "pelo nariz", respirando rápido só 1 bocadito e deixando sair só o inicio da gargalhada. Aquilo de início fez-me confusão..."como é que alguém ri assim? Isto é rir? Estranho.." Mas depois apanhei o tique, como em tudo na vida aprendemos por imitação e tentativa-erro.
Lembro-me que tive esse tique durante alguns anos..a minha gargalhada era feia, forçada, triste e melancólica, como se a vida me espreme-se o externo para sair 1 suspiro entediado e desmotivado em forma de rir. Aliás, nem me ria..fazia o tal início de riso..meio estranho mas que servia para dar a entender que me queria rir naquela situação. E esse rir representava o período das dúvidas do crescimento, das emoções extremistas de quem não tem muito para fazer para além de sentir e experimentar o mundo.
Depois veio a fase do riso começar a deixar de ser tímido..primeiro surpreendia-me quando saia assim de repente sem me dizer nada, meio torto e desengonçado como 1 bezerrito que começa a dar os primeiros passos mal nasce.Até soava meio desafinado...Lol como 1 rapaz a mudar de voz!
De quando em vez o riso mudava, tornava-se forte, aberto mas angustiado, eufórico e sedento pela liberdade que a noite lhe dava.
Depois a fase do sorriso-sorrir, onde os músculos faciais estavam preguiçosos demais para eu mostrar os dentes.
Dá trabalho e tem o mesmo significado dizia eu "Porque não tenho razões para ter vontade de ter o trabalho de o esboçar"era o que sentia..
Quando o fazia..ficava exausta..sentia que o mundo me tinha arrancado o calor cá dentro, tinha frio e era só isso..a contracção dos músculos faciais acompanhada por uma vibração característica das cordas vocais em contexto de socialização...ou como resposta-esperada por uma rotineira dor que me martelava diariamente, tão quotidiana como a lista de compras do supermercado
- Trabalho,
- telefonar-lhe ao almoço,
- vistoria à tarde,
- telefonar pra combinar hora,
- sair,
- "olá!tudo bem? como foi o dia?sim vamos jantar ali",
- uma msg de amigos,
- dor dor dor dor ..."aguenta..respira fundo, engole o aperto no peito..já vai passar"
- 10 minutos de silencio
- " desculpa"
- sorrir-sorriso
- casa
- cama
- chorar baixinho entre os amigos lençóis, puxados para cima até tapar a cabeça
- respirar o ar quente dentro do casulo
- "amanhã será melhor"
- adormecer...
De seguida veio o riso dorido de quem saiu do hospital e se sente aliviado por poder andar e respirar o ar cá fora, mas tem dores das maselas..O sorriso era fraco, sincero e verdadeiro mas frágil, muito frágil
Acho que estou apaixonada pelo meu riso..:) Será que estou a ser muito narcisista?:)
humff acho que não...estou a aprender a gostar de mim...
P.S. - Gosto de rugas de expressão..são bonitas com a sua beleza natural, senhor Alexandre:)
sábado, 5 de julho de 2008
Viventia...
My Johari Window has a doubt..should I get in or should I get out?
Não tenho cara para ficar triste..fica-me mal e fico feia.
O sorrir estreita-me os olhos até risquinhos e estica-me as bochechas.
Não tenho cara para ser triste...
Não tenho destino para ser triste...
Não tenho ganas de ser triste...
Não tenho perspectiva para ser triste...
Não tenho a missão de ser triste...
Não tenho lágrimas para estar triste..
Fico feia vestida de tristeza
Um sorrir largo e espalhafatoso e infantil no lábios...
e um paladar apurado para saborear o mundo
Não estou cá para estar triste
Empobrece-me
Vivência:
- do Lat. viventia
- s. f.,
- o facto de ter vida;
- existência;
- experiência de vida;
- o que se viveu;
- modo de viver;
- hábito de vida;
- exuberância de vida.
Comovo-me com a harmonia e a paz.
Gosto de cavalos, cães, baleias e focas.
Gosto de chocolate.
Sinto-me feliz e plena por viver quando vejo um pôr-do-sol.
Gosto de sentir.
Procuro cumprir o que sou.
Quando quero saber se estou feliz penso no que sentiria se morresse nessa altura.
O segredo disto é tão simples que não o encontramos. Andamos à procura à nossa volta e não vemos que estamos em cima dele.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
My Johari window
Este conceito pode aplicar-se ao estudo a interacção e das relações interpessoais em várias situações, nomeadamente, entre indivíduos, grupos ou organizações.
A palavra Johari, tem origem na composição dos prenomes dos seus criadores: Jo(seph) e Hari(Harrington).
Para compreender o modelo de representação, imagine uma janela com quatro "vidros" e em que cada "vidro", corresponde a uma área anteriormente descrita, sendo a definição de cada uma delas:• Área livre ou eu aberto – zona que integra conhecimento do ego e também dos outros;
• Área cega ou eu cego – zona de conhecimento apenas detido pelos outros e portanto desconhecido do ego;
• Área secreta ou eu secreto – zona de conhecimento pertencente ao ego e que não partilha com os outros;
• Área inconsciente ou eu desconhecido – zona que detêm os elementos de uma relação em que nem o ego, nem os outros têm consciência ou conhecimento.
Para se entender melhor o funcionamento da janela, vejamos o seguinte exemplo:
Numa relação recente, quando dois interlocutores (duas janelas), iniciam o seu primeiro contacto, a interacção apresenta áreas livres muito reduzidas, áreas cegas relativamente grandes, áreas secretas igualmente extensas e obviamente áreas inconscientes intactas.
Bingo!
terça-feira, 17 de junho de 2008
Sol na casa 7, lua na casa 1
God make up your mind
God make up your mind
Do you wanna play fair
Should I take what's mine?
God make up your mind
God make up your mind
Do you wanna play fair
Or should I take what's mine?
Like everyone else
Redescobri que dietas são cenas pavorosas..sejam elas de que tipo forem. Porque por definição nos condicionam e limitam os apetites e necessidades o que, naturalmente, não pode dar bom resultado e nos desequilibra por fora..e por dentro..
Regime alimentar será a expressão a utilizar de agora em diante..esse sim! mais equilibrado permitindo os desequilíbrios necessários à manutenção salutar da nossa cachola..que teima em arranjar cenas em que pensar.. e complicar...
O que acontece quando estamos esgaseados com fome, cegos por 1MARAVILHOSO docinho e sedentos de frutos proibidos? Tornamo-nos obcecados, deixamos de ver o óbvio nem que seja a torre Eifell a 2 palmos do teu nariz...e acabamos por, mais tarde ou mais cedo, nos envenenarmos ate ao tutano com um cocktail explosivo de glícidos...E se eles sabem bem!!
Sim são glícidos, tu sabes, e também sabes que vais inchar que nem uma porca e vais (mais uma vez) arrependeres-te por não resistires e seres tão estúpida mas ESTAS-TE A BORRIFAR porque naquele preciso momento, a dieta te fez chegar ao LIMITE e puff!! Lá se foi a resistência!! "You know what?? Quero lá saber o que SEI que vou sentir daqui a uns curtíssimos dias!"
E quando até o nosso amigo horóscopo consegue acertar exactamente na mesma história..bom...então aí o óbvio torna-se um óptimo chicote psicológico.." mania que tenho de esperar que o que sei não se cumpra"
Questão a colocar?
Dedinho na ferida é bom...dedinho na ferida faz sentir e faz rosnar e lutar..mau é se as plaquetas são poucas e a coisa demora a sarar...
Adequa-se a frase do nosso amigo : " Eu já não sei nem quero saber.." e continuem vocês..eu vou comer uma bolacha docinha...a bem de um regime alimentar
domingo, 1 de junho de 2008
So I can breathe...
Lifting up an empty cup, I ask silently
All my destinations will accept the one that's me
So I can breathe...
Circles they grow and they swallow people whole
Half their lives they say goodnight to wives they'll never know
A mind full of questions, and a teacher in my soul
And so it goes...
Don't come closer or I'll have to go
Holding me like gravity are places that pull
If ever there was someone to keep me at home
It would be you...
Everyone I come across, in cages they bought
They think of me and my wandering, but I'm never what they thought
I've got my indignation, but I'm pure in all my thoughts
I'm alive...
Wind in my hair, I feel part of everywhere
Underneath my being is a road that disappeared
Late at night I hear the trees, they're singing with the dead
Overhead...
Leave it to me as I find a way to be
Consider me a satellite, forever orbiting
I knew all the rules, but the rules did not know me
Guaranteed.
To many things!Já tinha dito isto referindo ao trabalho e a mais umas coisas...Em bonança laboral resta-me listar as outras coisas. Com sorte sai um rascunho quase não-rascunho..
Dia 5 disse que tinha começado o 1º dia de outra vida e assim foi. Optar apenas quando isso é estritamente necessário para evoluir..se há altura é esta..foi esta...porque me recuso a resignar, porque entrei em confronto directo com a apatia, o sossego e o mar calmo dos sonhos por concretizar, porque quero sentir o esforço, o calor, o frio, o choro, o cansaço, o desalento, o desânimo e a conquista da minha vida. Porque vou tomar a rédea de uma corrida morna e choca que se quer fervente e desenfreada..Porque quero a plenitude do que sinto, do que sou e do que penso.
Não podemos parar o comboio nem definir-lhe o caminho..demasiadas escolhas, demasiado espaço e percursos para que sejamos bem sucedidos...mas podemos e temos de passar em alguns apeadeiros, para que a viagem seja plena...e verdadeira...sim...verdadeira
Pode-se estar desfeita em medo..porque não vê nada para além do médio prazo, porque se dá um tiro na escuridão...mas controla-se...aceita-se e controla-se....respira-se...e deixa-se o medo entrar, espalhar, divagar, fazer tremer, questionar, negar, recuar...e luta-se tenazmente...porque é só medo...ele é isto..e só isto...e passa...
Posso estar desfeita em medo..mas os passos serão firmes e convictos, nas pegadas mais convictas que já dei. Porque cheguei aqui e não vou voltar atrás.
As pessoas definem-se pelas perguntas que colocam. Há uns tempos disse que a nossa vida reside na resposta a uma única pergunta: O que precisas?
A minha resposta está construída, clara e inequivocamente: preciso de satisfazer o que sinto para encontrar o que sou..
Pela primeira vez luta-se cá dentro para se conseguir, venha o que vier e quem vier...e a energia que emana da convicção torna mais verdadeiro o dia, os sentimentos, os sorrisos e os abraços e o mundo enche-nos as horas.
Pôr-do-sol...as montanhas estão especialmente bonitas com esta inclinação do sol.Ela caminha até ao lago, sozinha. Na mão leva a máquina fotográfica para tentar tirar algumas fotografias que ilustrem o ambiente. Quer que eles percebam como é a vida ali.
Está cansada. O dia foi longo. Calhou-lhe fazer tarefas domésticas que não gosta muito e está a ser difícil conseguir aprender hindi. Sabe que tem de combater a sensação de incapacidade que tem naquele momento.."Não interessa...vou conseguir...eu sei que vou. Tal como me consegui adaptar quando cá cheguei e pensava que tudo tinha sido um erro, porque o inglês era escandalosamente insuficiente, a vergonha era maior que nunca, o quarto era estranho, as pessoas caladas e a distância enorme".
Respira fundo e inala o frio perfumado com as poucas flores que furam os restos de neve. Olha para o sol de frente, a sentir os olhos feridos pela luz e deixa-se esboçar um sorriso enquanto uma quente e calmante certeza se apodera dela. "Estou aqui a escrever o que sou. E nada mais importa. Porque estou a respirar verdadeiramente, porque estou a dar tudo o que sinto e a viver tudo"
Tirou uma fotografia. "Esta vai fazê-los sorrir".
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Wish me luck!
Estou sem tempo!!!To many things! E ainda n vai ser agora que as vou contar porque ainda n é hoje que vou ter tempo para escrever e descrever adequadamente as coisitas todas dos últimos dias..nem sequer sei como vou começar..mas isso não é preocupação para agora..hoje ainda me espera formação, formação, fotografias, powerpoint...ui que n tenho jeito pra isto..glup:S mas lá terá de ser... amanhã e quarta....
Umffff...wish me luck! Por isso e por mais umas quantas coisas que hei-de de escrever aqui...
Bemmm, ja confirmei que estou viva!A foto é actual;)
Byebye!
segunda-feira, 12 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
2 dias fixolas!
quarta-feira, 7 de maio de 2008
7:55
Acidente me obra no que é que se pensa? Grandes esmagamentos, enormes quedas em altura, trabalhos difíceis e perigosíssimos, certo? ERRADO...
Média de 300 homens, 12 horas de trabalho diárias, 7 gruas, mais de uma dezena de frentes de trabalho diferentes e com isto assustadoras probabilidades de haver asneiras. Mas não, trabalha-se afincadamente para que tudo corra bem, para que o perigo seja contido, previsto, minimizado..papéis, reuniões, material, EPI´s tudo..
7:55..Vamos começar o dia de trabalho..Dezenas de colaboradores e entrarem a dirigirem-se para os locais onde há OS trabalhos onde é preciso ter milhentas atenções e a concentração figiu daquela rampa...aquela rampa que sobem e descem dezenas de vezes por dia..onde todos subimos de descemos dezenas de vezes..onde EU desço e subo dezenas de vezes..
1 Carrinha de caixa aberta, 1 rampa, 1 marcha-atrás quotidiana, para reparar peças num equipamento e 1 pessoa a descer..descontraída e distraídamente...1 tropeção...e puff!
Gritos, travão, correria, INEM, reanimação bem sucedida...consternação entre 300 pessoas, que não conheciam, mas que sentiam que "estávamos no mesmo barco"...2 horas depois confirmou-se que tinha morrido...
Fdx..mais fdx..e outra vez fdx...como se mede a estupidez de uma morte? Com a improbabilidade que ela tem de acontecer...
Mas a probabilidade tem este sabor amargo...deixa-nos descansar...
A morte é tão natural, tão próxima e tão friamente palpável como dar 1 espirro...
é desconcertante ter esta confirmação..é dura..
7:55 Eu estava a olhar para o despertador, a preguiçar mais 10 minutos na cama, a ouvir a musica e o chuveiro na casa-de-banho e a organizar o meu dia...e ele estava a morrer
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Nasce um novo dia e no braço outra asa
Quando é que a vida fala connosco? E como?
Por um pequeno momento perfeito, por uma sintonia com o mundo ou por um cheio,intenso e luminoso empurrão que cresce cá dentro, que nos cria 1 bola nervosa no estômago, que nos transmite uma energia perdida..
...e aquela sensação feita de sensações...de ansiedade, de empolgamento, de interrogação, de dúvida, de coragem, de receio, de planeamento emotivo...de certeza de que aquele empurrão me leva para ali, para longe desta (des)confortável previsibilidade e para perto...daquilo...
Será muita presunção confessar que sempre senti isto? Que sempre senti o nó na garganta ou os olhos quentes quando penso nisto? Que sempre me senti longe de onde estou e a voar...de olhos fechados...pelo verdadeiro mundo...pelo horizonte a perder-se..pela pureza....pela deslumbrante beleza da simplicidade..pela descoberta da essência...pela descoberta do de mim...
Tendo em conta como universo os meus anos de vida creio que a amostragem já se pode considerar estatisticamente significativa.
A vida fala-me nos raros momentos em que não consigo descansar nos braços de Morpheu. Foi assim no 1º dia de escola primária, no 1º dia de ciclo, no dia em que o 1º familiar morreu, no 1º exame da faculdade, nos dias (e aqui foram vários...) em que o tive comigo, na manhã do ultimo exame do curso e ontem...
...sim...a vida falou-me, abriu-me os olhos com palitos..fez-me desejar novamente...fez-me ter ganas, ter motivo, ter razão...sonhar aquele horizonte e planear com as ferramentas deste mundo a forma de o ir ver...e conseguir senti-lo sempre que os palitos se quiserem partir ou vergar, para que aquele empurrão seja mais forte e não me deixe voltar atrás.
O 1º dia do resto de outra vida, começou hoje, e vai ser o 1º porque vai haver outra vida e vou construí-la..agora.
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Este rio, estes montes e este vale
Como festejei o dia da Liberdade? Vivendo-a, como só a Natureza me permite vivê-la: pura, grandiosa, avassaladora, leve e verdadeira.
Liberdade é parar, olhar a imensidão dos campos, a grandeza dos montes circundantes e o azulão limpo dos céus, ouvir o zumbir cheio de uma alegria que não nos pede licença para existir, cheirar os delicados perfumes esquecidos e sentir o calor de um sol verdadeiro na pele.
Liberdade de perder os sentidos na beleza. Liberdade de estar só assim, como quiser,e empregnar-me...sem nada em troca.
Dia da Liberdade?Tenciono merecê-la..sempre..e festejá-la assim...agradecendo este pedaço do que sou..deste rio, deste montes e deste vale.