domingo, 1 de junho de 2008

So I can breathe...



On bended knee is no way to be free
Lifting up an empty cup, I ask silently
All my destinations will accept the one that's me
So I can breathe...

Circles they grow and they swallow people whole
Half their lives they say goodnight to wives they'll never know
A mind full of questions, and a teacher in my soul
And so it goes...

Don't come closer or I'll have to go
Holding me like gravity are places that pull
If ever there was someone to keep me at home
It would be you...

Everyone I come across, in cages they bought
They think of me and my wandering, but I'm never what they thought
I've got my indignation, but I'm pure in all my thoughts
I'm alive...

Wind in my hair, I feel part of everywhere
Underneath my being is a road that disappeared
Late at night I hear the trees, they're singing with the dead
Overhead...

Leave it to me as I find a way to be
Consider me a satellite, forever orbiting
I knew all the rules, but the rules did not know me
Guaranteed.

As vezes remexemos no quotidiano para listar acontecimentos importantes e chegamos ao fim com um rascunho de má qualidade. Outras não conseguimos seleccionar o mais significativo para caber na folhinha de papel..ou no post de hoje.

To many things!Já tinha dito isto referindo ao trabalho e a mais umas coisas...Em bonança laboral resta-me listar as outras coisas. Com sorte sai um rascunho quase não-rascunho..

Dia 5 disse que tinha começado o 1º dia de outra vida e assim foi. Optar apenas quando isso é estritamente necessário para evoluir..se há altura é esta..foi esta...porque me recuso a resignar, porque entrei em confronto directo com a apatia, o sossego e o mar calmo dos sonhos por concretizar, porque quero sentir o esforço, o calor, o frio, o choro, o cansaço, o desalento, o desânimo e a conquista da minha vida. Porque vou tomar a rédea de uma corrida morna e choca que se quer fervente e desenfreada..Porque quero a plenitude do que sinto, do que sou e do que penso.

Não podemos parar o comboio nem definir-lhe o caminho..demasiadas escolhas, demasiado espaço e percursos para que sejamos bem sucedidos...mas podemos e temos de passar em alguns apeadeiros, para que a viagem seja plena...e verdadeira...sim...verdadeira

Pode-se estar desfeita em medo..porque não vê nada para além do médio prazo, porque se dá um tiro na escuridão...mas controla-se...aceita-se e controla-se....respira-se...e deixa-se o medo entrar, espalhar, divagar, fazer tremer, questionar, negar, recuar...e luta-se tenazmente...porque é só medo...ele é isto..e só isto...e passa...

Posso estar desfeita em medo..mas os passos serão firmes e convictos, nas pegadas mais convictas que já dei. Porque cheguei aqui e não vou voltar atrás.

As pessoas definem-se pelas perguntas que colocam. Há uns tempos disse que a nossa vida reside na resposta a uma única pergunta: O que precisas?
A minha resposta está construída, clara e inequivocamente: preciso de satisfazer o que sinto para encontrar o que sou..


Pela primeira vez luta-se cá dentro para se conseguir, venha o que vier e quem vier...e a energia que emana da convicção torna mais verdadeiro o dia, os sentimentos, os sorrisos e os abraços e o mundo enche-nos as horas.

Pôr-do-sol...as montanhas estão especialmente bonitas com esta inclinação do sol.Ela caminha até ao lago, sozinha. Na mão leva a máquina fotográfica para tentar tirar algumas fotografias que ilustrem o ambiente. Quer que eles percebam como é a vida ali.
Está cansada. O dia foi longo. Calhou-lhe fazer tarefas domésticas que não gosta muito e está a ser difícil conseguir aprender hindi. Sabe que tem de combater a sensação de incapacidade que tem naquele momento.."Não interessa...vou conseguir...eu sei que vou. Tal como me consegui adaptar quando cá cheguei e pensava que tudo tinha sido um erro, porque o inglês era escandalosamente insuficiente, a vergonha era maior que nunca, o quarto era estranho, as pessoas caladas e a distância enorme".

Respira fundo e inala o frio perfumado com as poucas flores que furam os restos de neve. Olha para o sol de frente, a sentir os olhos feridos pela luz e deixa-se esboçar um sorriso enquanto uma quente e calmante certeza se apodera dela. "Estou aqui a escrever o que sou. E nada mais importa. Porque estou a respirar verdadeiramente, porque estou a dar tudo o que sinto e a viver tudo"

Tirou uma fotografia. "Esta vai fazê-los sorrir".

Sem comentários: