segunda-feira, 31 de março de 2008

It´s all about the P thing


Altura, largura e profundidade ditam conjuntamente o nosso olhar sobre o mundo.
O que têm em comum Persépolis, Horton e o Mundo do "Quem" e Kafka à Beira-Mar? Falam-nos de três perspectivas diferentes e relativizam-nas de três diferentes formas.

O problema e a solução estão na capacidade de saber jogar estas três dimensões a nosso favor e deslocar as coordenadas para onde mais nos convém, relativizando os acontecimentos, pondo as coisas em perspectiva.

Marjene
ansiava pelos confortos musicais de um mundo ocidental os quais deixou para voltar à sua terra Natal, Horton lutou por um grão de areia que outros consideravam insignificante e Kafka Kamura descobriu um amor fora do tempo, do espaço e da morte.

O copo está meio cheio ou meio vazio?Não interessa.
Se ontem queria um copo meio vazio, porque esse vazio me dava espaço para ter vazio, hoje quero-o cheio, porque necessito de o sentir cheio. Estará sempre como tu o quiseres mais adequado ao que necessitas.

Se ontem fechava a porta porque a corrente de ar me chateava e queria a serenidade que vinha quando os cabelos e a pele acalmam sem vento, hoje quero sentir-me despentear e tremer e arrepiar e constipar. Afinal, se não abrisse e fechasse para que serviria a porta? Basta rodar a maçaneta e é vê-la pronta para receber ventanias novamente, como a mudança de perspectiva numa ilusão de óptica.

Go away...Com´on in! It´s all about the P thing...







sábado, 29 de março de 2008

Perspectivas

- Filme I:



"Persépolis" é a história de uma menina que cresce no Irão durante a Revolução islâmica, a história autobiográfica de Marjane Satrapi, que já dera origem a quatro livros de banda desenhada. É através dos olhos da destemida Marjane, de nove anos, que é vista a esperança de um povo ser destruída quando os fundamentalistas tomam o poder, forçando as mulheres a usar o véu e prendendo milhares de pessoas.
Inteligente e extrovertida, Marjane consegue, mesmo apesar das proibições, descobrir a cultura punk, os Abba ou os Iron Maiden. Mas quando o tio é cruelmente executado e as bombas começam a cair sobre Teerão durante a Guerra com o Iraque, o medo começa a ganhar forma. E a ousadia de Marjane torna-se uma preocupação para os pais que acabam por tomar a difícil decisão de a enviar para uma escola na Áustria. Aí, sozinha, Marjane é confundida com o fundamentalismo religioso, exactamente aquilo de que fugiu do seu país. Mas, com o tempo, acaba por ser aceite. Quando termina o liceu, Marjane decide regressar ao Irão, mas aos 24 anos percebe que não pode continuar a viver no seu país, que trocará pela França, numa decisão cheia de optimismo face ao futuro.

- Filme II:




Um elefante com muita imaginação chamado Horton ouve um sumido pedido de ajuda vindo de um grãozinho de pó que flutua pelo ar. Horton suspeita que pode haver vida naquele pedacinho de pó e apesar da sua comunidade achar que ele perdeu o juízo, ele está determinado a salvar a pequena partícula. Afinal o grãozinho é na verdade um planeta minúsculo, onde há uma cidade chamada "Quem Vila" habitada por seres de tamanho microscópico conhecidos por os "Quem". Os "Quem" pedem a Horton (cujos habitantes o elefante não consegue ver, embora os consiga ouvir bastante bem, por causa da sua audição extraordinária) que os proteja do mal, ao qual Horton alegremente acede. Ao fazer isso ele é ridicularizado e maltratado pelos outros animais da selva, por acreditar em algo que eles não conseguem ver nem ouvir. Horton conta aos "Quem" que eles necessitam fazer-se ouvir aos outros animais. Para isso os "Quem" tem que garantir que cada um dos minúsculos membros da sua sociedade faz a sua parte para que isso aconteça.

“Even thought you can’t see them at all, a person's a person, no matter how small.”

“If you can’t see it, hear it, or feel it, it doesn’t exist”


- Um livro:

Kafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cujas vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado boa parte da sua vida a uma causa- procurar gatos desaparecidos.
Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima, como a do assassino, permanecerão um mistério.

" - As recordações são assim tão importantes?
"Depende- responde ela e fecha os olhos por um momento.-Em muitos casos são mais importantes que tudo o resto.
" - E, no entanto, tu queimaste as tuas?
" - Deixaram de me servir para o que quer que fosse"



please...Hold Still

In this little town
cars they don't slow down
The lonely people here
They throw lonely stares
Into their lonely hearts

I watch the traffic lights
I drift on Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But girl you're so far away

Oh, hold still for a moment and I'll find you
I'm so close, I'm just a small step behind you girl
And I could hold you if you just stood still

I jaywalk through this town
I drop leaves on the ground
But lonely people here
Just gaze their eyes on air
And miss the autumn roar
I roam through traffic lights
I fade through Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But man you're so far away

Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
You're so close, I can feel you all around me boy
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there

Oh, hold still for a moment and I'll find you
You're so close, I can feel you all around me
And I could hold you if you just stood still
Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
I'm so close, I'm just a small step behind you
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there

quarta-feira, 26 de março de 2008

Upload



Sabe bem voltar a poder escrever, passado o problema de mail.

Terei de saltar algumas coisas quer porque a memória não é de elefante quer porque, perante as restantes, a prioridade é pequenota.

Dias habituais de trabalho e uma boa surpresa na Quinta, com uma pequena tirania prometida a ver-se cumprida, numa companhia simpática e simples. Uma sensação...suave...solta..fácil..leve..leve..sim foi um serão leve, despreocupado, com bons sorrisos e um filme que brincava com coisas sérias, literalmente. Ficou prometida nova tirania, desta vez da minha parte, a qual tenciono cumprir com todo o gosto e mínima antecedência e programação:) Sou perigosa, segundo me disseram. Resta saber se para mim ou se para os outros ou se para todos nós.

Depois do fim de semana da Tapparware seguiu-se outro muito calmo com estadia no casulo, uma televisão, filmecos familiares e arrumações.

Semana normal com preocupação de linha e poucas convicções de mudança. Almoço com ida à FNAC e redescoberta da secção de séries económicas de música estrangeira. Levava só duas das estantes (só duas) que lá estão e era uma mulher feliz.

Viagem para passar a Páscoa rumo ao Norte para reencontrar família e, para mal da já pouco convicção de mudança da linha curva, os rebuçados matacões e os bolos brancos. 1 café junto ao rio, o meu Kafka à beira-mar terminado e experiências fotográficas. Uma prenda? Dinheirinho para juntar ou ( se ficarem chocadíssimos por dar $ e não quiserem cair na estupidez de comprarem prendas por comprar) uma bela duma máquina Reflex. Adoro sonhar:)




Uma frágil teia num ramo, flexível o suficiente para aguentar a ventania


Faltou um brilho, que julgo que se perdeu e já não vai voltar. Aqueles 21 gramas que se perdem, percebi que parte delas se podem perder enquanto estamos por cá, quando desistimos, quando olhamos e não vemos razões suficientes para continuar, quando por fim nos resignamos e nos deixamos ir. Pela 1ª vez creio que me admiti que parte dela já não vou voltar a presenciar, parte dela já não vai deixar de olhar para baixo, com aquele olhar longínquo, perdido no embrenhado de recordações duma vida e questionador sobre o fim, com a calma da rotina de um fecho de contas no final do ano. Sei que estão palavras e confirmações por lhe dizer, ainda que já talvez as saiba. Ainda estou a tentar organizar-me para isso. Espero ir a tempo, com o "molde" que quero. Se não o fizer sei que algo ficará por cumprir.

Por hoje chega. Ainda falarei sobre os 2 filmes (o 2º foi ontem) e sobre os últimos estados d´alma e sobre o meu Kafla à beira-mar (tenho saudades e faz-me falta) mas não agora. A perda deste brilho deixa-me mais do que posso dizer ou aguentar ou quero escarafunchar hoje, e talvez amanhã, e talvez durante muito tempo.
Tenho de o proteger.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Magicatasticanimadelicamente!

Lá preparei o saquito, levei o meu vício em forma de livro, não esqueci o carregador, apanhei os livros que a mamã tinha pedido e ála que se faz tarde!

Aí fui eu para a terrinha, dormir até fartar, acordar com o barulhinho do pucaro no bico do fogão a aquecer água para o café e o cheiro do pão torrado..hummmm...há satisfações que nunca mudam!

Ora então vamos lá resumir 2 dias sem laboura:

- tivemos 3 horas nas compras com a mana para ela comprar 1 (sim..1 único) colete e assistirmos ao espectáculo das florzinhas a sirandar em todas as mãos femininas, orgulhosas de levar o símbolo do dia ( 8 de Março- dia da Mulher) -> girl power baby! yêeeeeee

- depois 1 horita de café com o mano e os amigos (o desconforto devia ser do cansaço..sei que não era mas não vou dizer do que era)

- Serão: 1 café em casa duma amiga. Ora um programita muito soft, familiar e tal e porreirito certo? NÃO! Errado. Sê-lo-ia SE o cafezito não fosse englobado numa...


sessão de Taparware!!!
open mind, nada de preconceitos.se tanto falam daquilo alguma coisa deve ter de interessante certo? afinal vou conseguir perceber como se pode fazer uma demonstração de caixas de plástico.

Bom, a família lá chegou e depois a demonstradora (ou apresentadora, não sei que nome lhe dão) com 2 sacos de viagem cheios de...cenas de plástico. Nada de inovador portanto.

2 tipos de catálogos distribuídos às participantes (estranhamente os homens saíram da cozinha e foram ao café, por reinvidicação das mulheres, o que não deixa de ser uma ironia tendo em conta a data festiva e o facto de estarmos no séc. XXI) e o estaminé montado.

Fala-se dos filhos e dos vizinhos, marcam-se datas de demonstrações ( a agenda da senhora está cheiaaaaaaaa!!!!!!) e, de repente, o silêncio. Todas se preparam e arranjam o rabo na cadeira, buscando a posição mais confortável para assistir, tal qual o ambiente que se vive quando estamos a tagarelar no cinema e começam a baixar as luzes para começar o filme.

A dita demonstradora, pára, pega numa forma de bolo de silicone, afina a garganda com 1 pequenino arranhar e começa a descrever o recipiente com aquela voz das meninas da caixa da Zara quando chamam alguém.

Fiquei impressionada. O magnetismo que se criou naquela cozinha foi qualquer coisa de extraordinário. A cada palavra da senhora, o recipiente parecia cobrir-se de ouro e ser tão indispensável ao público feminino como 1 barra de chocolate em dia de ovulação!

Depois dela conseguir convencer as senhoras que ter uma recipiente para secar a alface era importantíssimo, e que ter uma covete de gelo onde se podia congelar vinho era imperdível, ainda fez um molotoff no microondas em 3 min e marcou mais reuniões para casa das presentes...O preço tornou-se totalmente justo por mais estapafúrdio que fosse e o objectivo do mês era amealhar para uma lancheira hermética, uma forma de bolo e uma caixa de plástico para cozinhar no microondas.
Em alguns momentos senti-me alienígena e noutros tal qual Sir David Attenborough a assistir ao ritual social de um qualquer bicharoco dos confins do mundo!
No fim, o poder da Taparware ainda surtiu efeito e como oferta da senhora levei uma coisa muito importante para casa: um tira-picles (inventei o nome tendo em conta a função). De mal o menos aquilo era feito com restos reciclados das outras preciosidades que a marca vende.
E lá fui para casa como a Cinderela às 0 horas, deixando para trás não o sapatito mas a confirmação de que de facto há coisa estúpidas neste mundo. Com isto cheguei a casa e o sofá abraçou-me de tal modo que lá se foi a saída com os amigos e a noitada a ouvir música da boa:S

Mas, tudo está relacionado certo?:) CERTOOO:) e se o sofá não me tivesse abraçado, hoje não me teriam dito que tinham procurado a minha companhia nessa noite e eu não tinha tido o coração quentinho durante uns segundos:))
O Domingo passou-se entre o meu Kafka, uns morangos deliciosos e uns apontamentos de receitas da mamã:) e lá veio a hora de regressar. E a viagem foi..normal? NOP
Tive como companhia de ouvido as tentativas frustradas de iniciação sexual de um jovem virgem universitário..hammmm...uma hora e meia...umffffff
Bom mas a vida não nos dá nada que não possamos aguentar certo? Portanto lá me enchi de paciência e ainda aprendi as novas expressões da juventude (êtaaaa velhadas que estou a ficar!!).
Por fim, last but not least, ainda tive o prazer de assistir à mediocridade lusitana. ADORO-AAAA:) Há lá cousa melhor para ter um serão agradável do que o festival da canção?hum? Aquela pitadinha de ridículo..hum...até ajuda à digestão!
Para variar não ganhou a minha preferida, que este ano, destacava-se e tinha o meu voto, por assumir a sua estupidez! MAGICATASTICANIMADELICAMENTE!
Ai está uma palavra que resume este pequenos e peculiares momentos que fizeram o fim-de-semana:)


Magicatasticalimadelicamente!
Magicamente, fantasticamente e animadamente. Assim se passaram 2 dias:)

quinta-feira, 6 de março de 2008

To heal with Sweet previsibility


Ontem descobri como pode ser boa a confirmação da previsibilidade. Sei que pode parecer estranho vindo de mim, mas assim foi.

No fim de tarde anterior (sensível e emocionalmente frágil por cansaço e mais uma série de coisas) senti-me impelida a mandar 1 carinho (ou 1 pedido de carinho?) e fazer algo que faço muito poucas vezes: mostrar a minha fraqueza num dia normal que corre menos bem e que nos dá vontade de aninhar com 1 cobertor fofo e quente e voltarmos a ter 5 anos sem pensar em nada a não ser nos mimos de um abraço confortável. E assim mandei uma mensagem a demonstrar as saudades que sentia daquele ambiente, daqueles sorrisos e daquele calor.

A noite passou, e a manhã, e a tarde. Quando voltei a olhar para o tlm quase 1 dia depois a resposta n tinha vindo. “Eu sabia que não ia ter resposta. Tanta treta sobre amizade e que sou amiga e blablabla e depois não responde” e pensei de mim para mim para deixar de mandar msg parvas quando ando deprimidinha porque as pessoas têm mais que fazer, têm a sua vida e não podem estar disponíveis para isto!”Acorda prá vida rapariga! Deixa de ser criançola, cresce e pára de ter essas esperanças infantis!”

E pouco depois de ter pensado isto e de sentir vergonha de assumir fraqueza, não recebi uma mensagem de volta...recebi um telefonema:)

E aí senti-me tonta por duvidar da docura e do conforto da previsibilidade que a verdadeira amizade pode ter. Estar lá sempre para tudo, ainda que esse tudo seja envergonhadamente dito por meia dúzia de palavras escritas num telemóvel. O imprevisível é óptimo e motivante, mas a certeza de um verdadeiro amigo, que faz exactamente aquilo que precisávamos mas que não temos coragem para pedir, vale tanto ou mais em certos momentos. A doce previsibilidade da verdadeira amizade…deixa-me senti-la.. é novo para mim…agora sei que ela existe…que vais estar lá para me confortar, para me deixar chorar, para me ouvir dizer babuseiras, ou só para dizer olá.



I'm coming, i'm coming home to you
I'm alive I'm a mess
I can't wait to get home to you
To get warm, warm and undressed
There've been changes beyond my dreams
Everybody wants me to sing
There've been changes beyond my grasp
Things I'm sinking in
So keep me, keep me
In your bed all day, all day
Nothing heals me like you do
Nothing heals me like you do
And when somebody knows you well
Well there's no comfort like that
And when somebody needs you
Well there's no drug Iike that
So keep me, keep me
In your bed all day, all day
Nothing heals me like you do
Keep me keep me
In your bed all day, all day
Nothing heals me like you do
And where l'm home, curled in your arms
And I'm safe again
I'll close my eyes and sleep, sleep
To the sound of London Rain
So keep me, keep me
In your bed all day, all day
Nothing heals me like you do
Keep me keep me
In your bed all day, all day
Nothing heals me like you do
Nothing heals me like you do
Nothing falls like London Rain
Nothing heals me like you do
Nothing falls like London Rain
Nothing heals me like you do
Nothing falls like London Rain
Nothing heals me like you do
Bem-vinda! Não me canso de agradecer tudo a todos. Mas desta vez agradeço 1 única coisa a uma única pessoa. Obrigada.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Women explain by engineering


Está está gira, admitamos. Pondo de lado o feminismo e essas tretas todas, vejam e digam se isto não está hilariante! LOL

O desgraçado, ou tem um complexo de Édipo acentuado e ou leva uns amaços mais forte da mulher:) Mas lá que tem graça e gastou bem o tempo a entreter-se lá isso não se pode negar:)

Lá andei eu a rir-me sozinha, feita tonta de phones postos:)
Ele há gente com muito tempo livre neste mundo!
Bem, amanha acabo o meu relatório secante mensal:) Por agora vou matar o vicio do meu Kafka à Beira-mar. Já tivemos:
- um velho a falar com gatos,
- uma chuva de cavalas e outra de sanguessugas,
- outro velho que afinal é velha mas gosta de velhos e trata-se por velhO,
- um desmaio colectivo inexplicado,
- um homem que coleccionava corações frescos de gatos mas que afinal era escultor pai do catraio que é amigo do velho que é uma velha.
Que mais poderá vir daquelas folhas?? Isto sim dá para me manter acordada! Qual cafeínas qual quê! Deêm-me mais livros destes do Sr. Murakami (quero ver se são todos tão geniais) e é ver-me de olhinho aberto!

" Can´t live with it and can´t live without it"
Encontro esta bela descrição de Mulher:
Segundo a Bíblia, a mulher foi feita a partir uma costela de Adão, significando, com isso, que ela é a companheira, ou seja, está a seu lado, tal qual suas costelas. O osso da costela alude à igualdade entre homem e mulher, dado que não foi utilizado um osso inferior (um osso do pé por exemplo), nem um osso superior (do crânio por exemplo), mas sim um osso do lado. Outra interpretação, em sintonia com a primeira, lembra que a mulher é protetora da vida, dado que os ossos da costela protegem o coração.
Comprovadissimo que há milhares de anos que ha equidade entre sexos. A guerra de sexos é, portanto, infundada (como aliás todas elas) como se pode comprovar (testado religiosamente, certificado com norma de Qualidade e tudo!) pela Bíblia. Ah!
- "Que bela febra"
- Febra o caraças, senhora dona costela TAAAAÁ??Com mtórgulhoooo!

domingo, 2 de março de 2008

A liberdade custa 20euros!




"Aqui nesta praia onde

Não há nenhum vestígio de impureza,

Aqui onde há somente

Ondas tombando ininterruptamente,

Puro espaço e lúcida unidade,

Aqui o tempo apaixonadamente

Encontra a própria liberdade."

Sophia de Mello Brayner


Desta vez demorei mais algum tempo a voltar a escrever, não porque não quisesse mas porque não pude. O que até foi bom porque amadureci uma ideia na qual andava a matutar.

Ando num ginásio (ou melhor estou inscrita num) e soube que estavam a fazer uma promoção que me permitiria poupar uns trocos. Como quando a esmola é grande o pobre desconfia, lá fui eu informar-me de como funcionava a coisa. Aquilo era de facto porreirito e permitir-me-ia poupar uns trocaditos jeitosos. Estava eu já com uma sensação de satisfação de poupança e boa negociata, quando a cuidada senhora, vestida a rigor de fatinho cinzento e pink, me disse no seu mais radioso sorriso "..renova o contrato por 2 anos"

2...anos..2...2...2..2..2..!!!!...d.o.i.s anos-> contrato->compromisso->condição->escolha

Aquilo que me parecia Trigo limpo, farinha Amparo transformou-se num obrigada com sorriso amarelo seguido de um sair da recepção direitinha para casa, e até hoje não me inscrever na promoção.
2 anos pareceu-me um eternidade. 2 anos..em 2 anos posso fazer tanta coisa, quero fazer tanta coisa!!posso não estar perto do ginásio (nem quero!o que isso implicaria!!), posso não estar perto de outros ginásios do Clube, posso ter querido desistir por não ter tempo, posso ter desistido por ter tempo a mais e $ a menos por estar desempregada, por nem estar aqui (ai quem me dera!), posso já nem estar por cá ( e andar a perder calorias no ginásio do Céu) sei lá mais que posso eu fazer em 2 anos!

(Mas, isto não é nada quando comparado com o compromisso de um carro, ou um casa ou um casamento..ou um filho..)

Foi então que percebi o que já tinha fingido não ter visto: tenho um medo pavoroso à irreversibilidade existente na decisão. Não consigo decidir ou optar verdadeiramente, porque em cada opção se escolhe um caminho em detrimento de outro.

Não quero, nem consigo optar por caminhos que não me permitam voltar atrás até ao cruzamento e seguir por outra direcção. Até posso não voltar atrás mas o SENTIR que posso escolher...

"Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer ! "
Fernando Pessoa

Em cada opção perde-se um pedaço de liberdade e estreita-se um pouco mais o horizonte, fecha-se uma porta ou uma janela.

Mas isso é evoluir!..pois...eu sei, eu sei. o desenvolvimento implica a escolha de um caminho para a evolução, e se quero evoluir tenho de começar por algum lado ?Sim seria uma falta de consciência da condição humana pensar que se poderia evoluir em todos as direcções. I know.
E por isso, sendo a evolução prioritária, apenas optarei quando isso for essencial para o desenrolar do novelo e impedir que se crie inércia na trajectória. Fora isso, fugirei das condições como o gato da água, assumo-o já aqui!

Quero ter a liberdade de optar quando quiser, pelo que quiser e como quiser, tendo como limite a liberdade do vizinho do lado, a consciência e o ridículo e como objectivo a evolução e a felicidade.

Liberdade!!!







Por isso, não vou optar sobre esquemas decorativos, nem sobre roupas, nem sobre desenvolvimentos em áreas profissionais, nem sobre grupos de amigos (quero tê-los todos), nem sobre tipo de relações ou tipo de namorados (haverá lá mistura melhor do que um macho sexy, grunge, giro, simpático, inteligente, misterioso, fiel, apaixonado, louco, bonito e eloquente?), nem sobre religião, nem sobre viagens, nem sobre livros, nem sobre estilo, e muito menos sobre um ginásio!!

Por isso, se tenho de pagar 20 euros a mais todos os meses para poder virar costas aos ditos senhores quando bem me der na telha e na real gana, que seja!!


20 euros 1! 20 euros 2! 20 euros 3!



Liberdade vendida à menina que não gosta de compromissos!



Já dizia o bom e velho Pedro do alto da sua sabedoria:


“ Sempre arroz, arroz, arroz, não pode ser! Tem de comer batata, feijão, massa e arroz, senão enjoa!”

Ora nem mais!



P.S. – Bom, parece-me que fiz uma opção:P Mas esta era daquelas essenciais para manter a minha doce liberdade!



P.S. 2- Qualquer dia tenho de escrever sobre os sentimentos, o porquê de cada um, como se agrupam e quais nos devem acompanhar e quando.