segunda-feira, 28 de julho de 2008

Achieving Your Childhood Dreams


Randy Pausch, o professor de Informática na Universidade de Carnegie Mellon (EUA) que se tornou famoso por causa da palestra em que se despediu da família e da vida, depois de saber que morreria em breve com cancro do pâncreas, morreu na sexta-feira passada, aos 47 anos de idade.
Disponibilizada no YouTube, a sua última palestra correu mundo. Transformou-se em livro (editado em Portugal pela Presença), com a ajuda de uma jornalista do Wall Street Journal.

Randolph Frederick Pausch ( 23 de outubro de 1960 - 25 de julho de 2008 ), conhecido como Randy Pausch, foi um professor de Ciência da Computação, Interação homem-computador e Design na Carnegie Mellon University (CMU) em Pittsburgh, Pennsylvania, EUA e autor de um best-seller, ganhando fama com o multiaclamado The Last Lecture, livro baseado em uma palestra dada em 18 de setembro de 2007 na Carnegie Mellon University.[2]

Pausch nasceu em Baltimore, Maryland, e cresceu em Columbia [1].

Em Agosto de 2006, Pausch teve um câncer pancreático diagnosticado. Ele começou então um tratamento pesado, que incluía em sua maioria técnicas experimentais de quimioterapia. Porém, em Agosto de 2007, ele mesmo disse que o câncer sofreu uma metástase para outros órgãos, significando que havia se tornado terminal. Ele começou então um novo tratamento em quimioterapia, com outro objectivo: estender sua vida ao máximo. Com isso, os médicos deram-lhe mais 3 a 6 meses.

Em 2 de maio de 2008, um exame PET mostrou que seu câncer se espalhou ainda mais, para alguns órgãos vitais, principalmente no peritônio e no retroperitônio, evidenciando sua piora no estado de saúde.

Em 25 de julho de 2008, Diane Sawyer anunciou no Good Morning America que Pausch havia morrido naquela manhã.[3]

O Nome da palestra?...Achieving Your Childhood Dreams

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Hoje não quero

Hoje quero escrever, ou melhor..hoje não quero escrever.

Hoje não quero escrever teorias nem convicções sobre o comportamento humano e a existência.
Hoje não quero debruçar-me sobre hipóteses, nem dúvidas, nem frustrações.
Hoje não quero descrever inconformismos, nem vivências.
Hoje não quero perpetuar paisagens, nem letras, nem poemas nem músicas.
Hoje não quero analisar o Mundo, nem me quero analisar.

Hoje quero saborear a doçura de escrever inconsequentemente.

Hoje quero parar tudo, e todos, manipular o tempo, os pensamentos e o espaço, e abrir o sorriso mais profundo de cada um.
Hoje quero desenpacotar a essência do que somos e recriar o nosso perfume perfeito.

Prazer...
Sabor...
Doçura...

Hoje quero viver.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Um novo alfabeto


Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
E em que o sono parecia disposto a não vir
Fui estender-me na praia sozinho ao relento
E ali longe do tempo acabei por dormir

Acordei com o toque suave de um beijo
E uma cara sardenta encheu-me o olhar
Ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
Ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar

Sou a estrela do mar
Só ele obedeço, só ele me conhece
Só ele sabe quem sou no principio e no fim
Só a ele sou fiel e é ele quem me protege
Quando alguém quer à força
Ser dono de mim

Não sei se era maior o desejo ou o espanto
Mas sei que por instantes deixei de pensar
Uma chama invisível incendiou-me o peito
Qualquer coisa impossível fez-me acreditar

Em silêncio trocámos segredos e abraços
Inscrevemos no espaço um novo alfabeto
Já passaram mil anos sobre o nosso encontro
Mas mil anos são poucos ou nada para a estrela do mar

"Estrela do Mar" Jorge Palma

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Basta deixarmo-nos..




I can see clearly now the rain is gone.
I can see all obstacles in my way.
Gone are the dark clouds that had me blind.

It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.

I think I can make it now the pain is gone.
All of the bad feelings have disappeared.
Here is the rainbow I've been praying for.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.

(ooh...) Look all around, there's nothing but blue skies.
Look straight ahead, there's nothing but blue skies.

I can see clearly now the rain is gone.
I can see all obstacles in my way.
Here’s the rainbow I’ve been praying for.

It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.

Vivemos numa correria desenfreada de questões, raciocínios, responsabilidades e prazos.
Temos de resolver isto, fazer aquilo, falar com aquele, entregar o outro...
Temos de seguir uma lista infindável de tarefas e não "perder tempo" em nos (re)construirmos..

Não consigo deixar de me fascinar com o processo de cura do Ser Humano, e dos benefícios que advêm de nos darmos...uns minutos..umas horas..ou uns dias. De nos permitirmos libertar, sentir, acalmar, sanar e refazer.

De nos deixarmos ter 5 anos, reviver emoções e dúvidas e senti-las evaporarem-se, suavizarem-se e apaziguarem. De nos permitirmos dar a nós o que damos aos outros, sem os condicionalismos mundanos. De nos deixarmos ser absolutamente livres de sentir até onde o coração nos levar. De nos auto-depurarmos, e limparmos a alma e sentirmos crescer a energia cristalina e definida de um ser refeito.

O processo de cura do Ser Humano é simples, tão simples..basta deixarmo-nos ser o que somos e perdermo-nos a vaguear pelas amarguras que nos distorcem as emoções e o rumo.Voltar lá e olhá-las de frente.

Porque o nosso coração pode voltar a ser tão fresco como a água do mar, tão quente como o sol de verão e tão suave como a areia. Basta...deixarmo-nos...

As vezes, encontramos 1 guia que nos ajuda a olhar de frente quando a cabeça quer ficar baixa. Não questiones porque está lá, nem quanto tempo, nem como.
Aceita-o como o que é e deixa-te curar..

sábado, 12 de julho de 2008

O meu Mundo

Should old acquaintance be forgot,

and never brought to mind ?
Should old acquaintance be forgot,
and old lang syne ?

For auld lang syne, my dear,
for auld lang syne,
we'll take a cup o’ kindness yet,
for auld lang syne.

And surely you’ll buy your pint cup !
And surely I’ll buy mine !
And we'll take a cup o’ kindness yet,
for auld lang syne.

We two have run about the slopes,
and picked the daisies fine ;
But we’ve wandered many a weary foot,
since auld lang syne.

We two have paddled in the stream,
from morning sun till dine ;
But seas between us broad have roared
since auld lang syne.

And there’s a hand my trusty friend !
And give us a hand o’ thine !
And we’ll take a right good-will draught,
for auld lang syne


Até quando se sabe o caminho sabe bem saborear o desvio..porque é desvio, porque é doce, e suave, e quente e perdido em minutos intermináveis.
Porque quero o meu ninho sem horas e sem pós-intenções..só assim..quente e doce...e em silencio com o mundo e connosco, sem interferência de raciocínios e de sons e de palavras, sem deturpações de comunicação. Só a simplicidade verdadeira do entendimento interior, que nos restabelece mutuamente.

Porque todos merecemos descansar protegidos num sorriso verdadeiro, num olhar compreensivo e num colo sossegado. Porque todos precisamos de um afago. It´s O.k. You can rest for a couple of hours without questions or doubts or suffering..just rest and let him rest peacefully.

Truth is...embora o caminho seja conhecido e as principais paragem do comboio estejam definidas, e por mais que se confirme o comportamento humano e nos entristeçamos com o que todos somos..well, a vida nunca nos deixa sem surpresas...

E a bondade de um gesto puro e verdadeiro vale por todas as desilusões e faz sentir que..afinal..o meu Mundo existe...

Sim os velhos conhecimentos devem estar presentes como pilares da nossa construção. But sometimes, just sometimes, we have to rest..and heal..

Estarei sempre profundamente agradecida pelo que vivo, ainda que esteja longe no tempo ou no espaço. Porque algumas recordações não se perdem..tornam-se tão intrínsecas como o choro, o riso, o medo ou a alegria..tornam-se parte de nós.


No meu Mundo existe um sorriso surpreso e lágrimas de agradecimento.
No meu Mundo uma pedra azul acompanha-me, como guardiã do que sou.
No meu Mundo os pássaros cantam para mim e apaziguam o meu inconformismo.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Life instructions..

In love by my smile! :D


Descobri uma coisa que estou a gostar em mim..a minha gargalhada.
Não era assim, ou se era...eu nunca a tinha ouvido com atenção.
Acho que se tornou mais alta, mais ritmada, mais aberta, mais sincera e mais contagiante.

Lembro-me quando era miúda e apanhei o tique da mana de rir "pelo nariz", respirando rápido só 1 bocadito e deixando sair só o inicio da gargalhada. Aquilo de início fez-me confusão..."como é que alguém ri assim? Isto é rir? Estranho.." Mas depois apanhei o tique, como em tudo na vida aprendemos por imitação e tentativa-erro.

Lembro-me que tive esse tique durante alguns anos..a minha gargalhada era feia, forçada, triste e melancólica, como se a vida me espreme-se o externo para sair 1 suspiro entediado e desmotivado em forma de rir. Aliás, nem me ria..fazia o tal início de riso..meio estranho mas que servia para dar a entender que me queria rir naquela situação. E esse rir representava o período das dúvidas do crescimento, das emoções extremistas de quem não tem muito para fazer para além de sentir e experimentar o mundo.

Depois veio a fase do riso começar a deixar de ser tímido..primeiro surpreendia-me quando saia assim de repente sem me dizer nada, meio torto e desengonçado como 1 bezerrito que começa a dar os primeiros passos mal nasce.Até soava meio desafinado...Lol como 1 rapaz a mudar de voz!

De quando em vez o riso mudava, tornava-se forte, aberto mas angustiado, eufórico e sedento pela liberdade que a noite lhe dava.

Depois a fase do sorriso-sorrir, onde os músculos faciais estavam preguiçosos demais para eu mostrar os dentes.

O rir era sorriso e o sorriso era rir.

Dá trabalho e tem o mesmo significado dizia eu "Porque não tenho razões para ter vontade de ter o trabalho de o esboçar"era o que sentia..
Quando o fazia..ficava exausta..sentia que o mundo me tinha arrancado o calor cá dentro, tinha frio e era só isso..a contracção dos músculos faciais acompanhada por uma vibração característica das cordas vocais em contexto de socialização...ou como resposta-esperada por uma rotineira dor que me martelava diariamente, tão quotidiana como a lista de compras do supermercado
- Trabalho,
- telefonar-lhe ao almoço,
- vistoria à tarde,
- telefonar pra combinar hora,
- sair,
- "olá!tudo bem? como foi o dia?sim vamos jantar ali",
- uma msg de amigos,
- dor dor dor dor ..."aguenta..respira fundo, engole o aperto no peito..já vai passar"
- 10 minutos de silencio
- " desculpa"
- sorrir-sorriso
- casa
- cama
- chorar baixinho entre os amigos lençóis, puxados para cima até tapar a cabeça
- respirar o ar quente dentro do casulo
- "amanhã será melhor"
- adormecer...

De seguida veio o riso dorido de quem saiu do hospital e se sente aliviado por poder andar e respirar o ar cá fora, mas tem dores das maselas..O sorriso era fraco, sincero e verdadeiro mas frágil, muito frágil

O rir curou-se, as dores desapareceram.

Está mais limpo, mais claro, mais fresco e desinfectado de angustias. É alto, forte, aberto, colorido, cristalino, espevitado, atrevido, vistoso, pacifico, alegre, leve, franco e puro

Acho que estou apaixonada pelo meu riso..:) Será que estou a ser muito narcisista?:)

humff acho que não...estou a aprender a gostar de mim...

P.S. - Gosto de rugas de expressão..são bonitas com a sua beleza natural, senhor Alexandre:)

sábado, 5 de julho de 2008

Viventia...


My Johari Window has a doubt..should I get in or should I get out?

Não tenho cara para ficar triste..fica-me mal e fico feia.
O sorrir estreita-me os olhos até risquinhos e estica-me as bochechas.
Não tenho cara para ser triste...
Não tenho destino para ser triste...
Não tenho ganas de ser triste...
Não tenho perspectiva para ser triste...
Não tenho a missão de ser triste...
Não tenho lágrimas para estar triste..
Fico feia vestida de tristeza
Um sorrir largo e espalhafatoso e infantil no lábios...
e um paladar apurado para saborear o mundo

Não estou cá para estar triste
Empobrece-me

DOUBT: a status between belief and disbelief, involves uncertainty or distrust or lack of sureness of a fact, an action, a motive, or a decision

Vivência:
do Lat. viventia

s. f.,
o facto de ter vida;

existência;

experiência de vida;

o que se viveu;

modo de viver;

hábito de vida;

exuberância de vida.
Gosto de verde e de branco.
Comovo-me com a harmonia e a paz.
Gosto de cavalos, cães, baleias e focas.
Gosto de chocolate.
Sinto-me feliz e plena por viver quando vejo um pôr-do-sol.
Gosto de sentir.
Procuro cumprir o que sou.
Quando quero saber se estou feliz penso no que sentiria se morresse nessa altura.

O segredo disto é tão simples que não o encontramos. Andamos à procura à nossa volta e não vemos que estamos em cima dele.




quinta-feira, 3 de julho de 2008

My Johari window

Janela de Johari é uma ferramenta conceitual, criada por Joseph Luft e Harrington Ingham em 1955, que tem como objetivo auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal e nos relacionamentos com um grupo.

Este conceito pode aplicar-se ao estudo a interacção e das relações interpessoais em várias situações, nomeadamente, entre indivíduos, grupos ou organizações.

A palavra Johari, tem origem na composição dos prenomes dos seus criadores: Jo(seph) e Hari(Harrington).

Para compreender o modelo de representação, imagine uma janela com quatro "vidros" e em que cada "vidro", corresponde a uma área anteriormente descrita, sendo a definição de cada uma delas:

• Área livre ou eu aberto – zona que integra conhecimento do ego e também dos outros;

• Área cega ou eu cego – zona de conhecimento apenas detido pelos outros e portanto desconhecido do ego;

• Área secreta ou eu secreto – zona de conhecimento pertencente ao ego e que não partilha com os outros;

• Área inconsciente ou eu desconhecido – zona que detêm os elementos de uma relação em que nem o ego, nem os outros têm consciência ou conhecimento.

Para se entender melhor o funcionamento da janela, vejamos o seguinte exemplo:

Numa relação recente, quando dois interlocutores (duas janelas), iniciam o seu primeiro contacto, a interacção apresenta áreas livres muito reduzidas, áreas cegas relativamente grandes, áreas secretas igualmente extensas e obviamente áreas inconscientes intactas.

Bingo!