Também é facto que nos revemos nos outros e que dos outros somos feitos. Procuramos intregrarmo-nos em grupos semelhantes e tendemos a apreciar as pessoas com quem possuimos afinidades e a rejeitar as que consideramos não terem os mesmo objectivos que nós. Procuramos sempre, para ter ao nosso lado, aquele alguém compatível, que partilhe do nosso modo de pensar, dos nossos gostos ou dos nossos hábitos, e assim as pessoas que conhecemos nos vão permitindo descobrir o que somos e o que não somos, o que gostamos e não gostamos, o que queremos e não queremos (bom e mau) e ir deste modo construindo a nossa personalidade. É por isso ponto assente que somos sociais e não há volta a dar-lhe.
Por outro lado também é sabido que, normalmente, aquele que está sempre rodeado de gente, conhece meio mundo e está sempre cheio de mensagens e convites no tlm, se dá e partilha tudo com todos e é simpático e acessível à 1ª vista de todos, é alguém que não possui confiança em si e que ao ter um grande círculo de pessoas na sua vida tenta assim ser aceite e colmatar quiçá alguns traumas ou inseguranças ou falhas que tem na sua personalidade. Tenta preencher um vazio do que é, com algo do exterior.
Sendo assim, seguindo esta linha de raciocínio, quem tem um pequeno grupo de pessoas na sua vida é talvez alguém mais seguro de sí, mais forte ou com a cabeça mais "resolvida" e que portanto não tem "sede de aceitação". Porvavelmente tenderá a desenvolver menos relações mas mais fortes e profundas.
Perante isto, qual é o nº certo? Qual é o nº que nos indica que não somos 1 pessoa insegura mas que também não está isolada da sociedade? Haverá esse nº?
Será pela qualidade das relações? pela sua profundidade?
Poderá uma só relação satisfazer as nossas necessidades de ser social? e se forem muitas com "pouca qualidade"? Também satisfarão essa necessidade sem indicarem que somos alguém carente?
Onde começa esse limite, em que deixamos de ser alguém confiante que simplesmente gosta de comunicar e conhecer para passarmos a ser alguém inseguro que quer conhecer meio mundo para tapar as suas lacunas emocionais?
Pessoalmente acho que demos sempre continuar a conhecer e não parar as relações. Conhecer personalidades diferentes é sempre enriquecedor quanto mais não seja pra percebermos que aquilo não nos diz nada.
Contudo, não devemos descuidar a "qualidade", aprender a disfrutar do desenrolar de uma relação, do descobrir como é uma pessoa. Basicamente creio que se deve sempre estar predisposto a aumentar o "leque de oferta" (até porque assumir que não se quer comunicar mais com novas pessoas é pôr-se num pedestal que creio não existir e se alguém acha que existe não vai evoluir muito na sua existência) mas, perante a escolha, compreender o que vale a pena olhar 2ª, 3ª, 4ª e muitas mais vezes, o que vale a pena voltar a olhar esperadicamente e o que deve ficar pelo caminho porque, de facto, não nos ensinará mais do que já ensinou.
Qual o nº certo que deve ficar? A isso não sei responder...